Crianças Yanomami abusadas e mortas por garimpeiros vira caso para o MPF

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Em 2020, ao menos três crianças e adolescentes Yanomami foram estupradas e mortas por garimpeiros na região central do território conhecido por pol-base, Kayanaú. Elas tinham entre 10 e 13 anos e a denúncia dos casos fazem parte de um relatório divulgado nesta segunda-feira (11) pela Hutukara Associação Yanomami.

A composição desse documento tem como base relatos de pesquisadores indígenas, bem como antropólogos e tradutores das seis línguas faladas entre os Yanomami.

Além desses casos brutais de assassinatos, é sabido que os garimpos têm um enorme impacto ambiental, destruindo o meio ambiente e deixando inúmeras cicatrizes nos povos indígenas. O Globo mostra que tal relatório desvenda um esquema criminoso envolvendo casos de denúncias de aliciamento, violência, assédio de menores e abuso sexual contra crianças e mulheres Yanomamis.

Existem casos em que elas são embrigadas, estupradas e agredidas até a morte.

Muitos moradores estão reféns dos garimpeiros, já que não podem caçar ou pescar, uma vez que florestas e rios estão devastados. Muito jovens, são forçados a trabalhar nos garimpos em troca de comida. Nas comunidades mais afastadas, onde os casos de fome são ainda mais complicados, a troca de comida é por sexo. O mesmo se repete em várias comunidades.

As denúncias chegaram até o MPF (Ministério Público Federal) de Roraima que se organiza para apurar os crimes.

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