Julgamento de Giovanni Quintella por estupro começa em uma semana
Leitura: 2 minO Fantástico exibiu ontem uma matéria sobre o caso do anestesista que foi pego em flagrante estuprando uma mulher, na sala de parto de um hospital em São João de Meriti, no Rio de Janeiro. O julgamento terá início na próxima segunda-feira (12).
Passados cinco meses de sua prisão em flagrante, Giovanni aguarda julgamento preso com todo o privilégio de uma cela individual, isolado por causa de ameaças, dentro do pavilhão 8 de Bangu, destinado a detentos com curso superior.
A investigação começou após enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher Heloneida Studart filmarem Giovanni colocando o pênis na boca de uma paciente enquanto ele participava do parto dela.
A conduta do médico já vinha chamando atenção de algumas servidoras do hospital, que estranhavam a quantidade de sedativo que Giovanni aplicava nas pacientes e a forma como ele se movimentava atrás do lençol que o separava da equipe.
O Fantástico também teve acesso ao vídeo e ao laudo da perícia.
No vídeo, alarmes sonoros começam a disparar, o que chama a atenção dos médicos que estão na sala. O anestesista desativa o sinal sonoro, enquanto continua o estupro, por aproximadamente dez minutos. A perícia afirma que os alarmes são do monitoramento da saturação de oxigênio da paciente, que entra em queda por causa da sedação e da falta de máscara de oxigênio. Além de ter obstruído suas vias aéreas, Giovanni fez sete aplicações de sedativos na vítima.
A defesa pediu um teste de sanidade alegando que Giovanni tem histórico de quadro de transtorno psicológico na família e estava usando medicamentos que aumentam a libido.
Segundo a reportagem, a audiência de instrução e julgamento podem durar no máximo 60 dias. Primeiro, serão ouvidos a vítima e seu marido. Depois, as oito testemunhas de acusação. E, em seguida, as oito testemunhas de defesa. Na sequência, abre-se espaço para esclarecimentos da perícia. E, por último, o depoimento de Giovanni, com participação por videoconferência para evitar que sua presença intimide a vítima ou as testemunhas. Ele vai responder por estupro de vulnerável.