Sobre as perguntas que (não) nos fazemos

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Ou como é grande minha ilusão por você?

Esse não será um texto de respostas, mas de muitas perguntas e algumas conclusões implícitas a que cheguei. Responder às minhas questões com perguntas é um grande mecanismo que encontrei pra não parecer tão taxativa porque é quando me questiono que também encontro minhas melhores e mais necessárias respostas.

Eu não sei se vocês já se fizeram algumas perguntas na vida. Eu me faço perguntas o tempo inteiro, acho que é um hábito que eu adquiri por causa da terapia. Isso não quer dizer que eu não sofra nunca e esteja sempre preparada e ciente de tudo que estou sentindo, mas me deixa um pouco mais consciente sobre o porquê de eu sentir algumas coisas e como sofrer por menos tempo com elas. Tipo, ninguém é imune a sofrimento não, saca? Só robô mermo, e isso eu não sou!

Aí tem o lance da ilusão. Será que você gosta mesmo da pessoa ou da ideia que você criou dela, né? Aquele bagulho de sempre que a gente demora a perceber: a carência afetiva provoca afetos imaginários.

Será que realmente você só tem bons momentos com ela? Será que realmente ela tá sempre aí pra você ou é você que é compreensiva demais e acostumada demais a aceitar qualquer migalha de afeto porque é melhor do que ficar sem nada? Ela compreende o que você sente da mesma maneira que você compreende o que ela sente? Será que você tá mesmo feliz com o que vocês têm ou você se acostumou com aquele pouquinho que a pessoa tinha pra te dar e achou que era suficiente? Será que você não anda amando mais o outro do que você mesmo? Será que é mais fácil se iludir do que enxergar a verdade porque assim dói menos? Será que você tem deixado se iludir pelo que sente (sozinho) só pra não se sentir mais sozinho? Por que é que a gente teme tanto se ver sozinho?

Que amor todo é esse que você busca nos outros, mas é incapaz de se dar?
Sabe, a gente precisa aprender esse exercício de se perguntar essas coisas. Não é pra pirar ou ficar com ansiedade social, mas pra ser mais honesto com a gente e com os nossos sentimentos: coisa essencial pro nosso bem-estar e fundamental pra começar a se amar.

E aí, já começou a se amar hoje?

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