Atentado contra Kirchner é a direita brasileira em ação
Leitura: 2 minUm brasileiro foi preso nessa noite de quinta feira, depois de tentativa de homicídio contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que teve prisão de 12 anos pedida pelo Ministério Público por corrupção em um contrato com uma empreiteira no sul do país.
Ela alega inocência, e o presidente manifestou solidariedade a ela.
Até aí, só inocente cai no papo do MP, uma vez que nós tivemos a Lava Jato, no mesmo modus operandi, com o MP pedindo a prisão de Lula por corrupção, resultando em Deltan e Moro jogados no lixo da história, e Lula muito provavelmente presidente de novo.
Mesmo assim, com a crise econômica e política na Argentina, e nos atritos entre o presidente e Cristina, as coisas se resolvem na lei, não na bala.
Fernando André Sabag Montiel, brasileiro, de 35 anos e motorista da Uber em Buenos Aires, puxou uma pistola e posicionou centímetros da testa da vice-presidente argentina, que não foi executada porque a arma não disparou. Uma sorte, apenas. Cristina poderia estar, neste momento, morta, e o Brasil imerso numa pior crise política com o país – digo pior, porque já está.
Além dos ataques verbais de Bolsonaro ao governo do país, de esquerda, o Brasil também está no alvo do Chile. Boric convocou outros países da América Latina a reagir caso Bolsonaro promova um golpe. Ele também convocou o embaixador do Brasil no país, para dar esclarecimentos sobre o que Bolsonaro disse no debate da Band.
Fernando André é resultado direto da ideologia bolsonarista. Bolsonaro é o responsável último pelo atentado contra Cristina. Ele é um terrorista de Estado, e os seus seguidores apoiam, ou são terroristas em potencial. Isso está sendo vivido nos Estados Unidos, que está dividido por causa de Trump, e nós vivemos isso agora. A direita, no mundo, divide, pratica terrorismo e destrói democracias.
Essa arma usada por Fernando foi comprada, com facilidade, no Brasil, em uma de suas viagens ao país natal. Somos, brasileiros, ameaça política aos irmãos da América Latina. Isso só será resolvido com a aniquilação do bolsonarismo, com rigor, sem anistia.
Sobretudo porque odeia mulheres. Seja Dilma, seja Marielle, seja Cristina, Bolsonaro sempre riu dessas mulheres e seu silêncio diante do atentado manifesta o lado em que ele está.