Acabou para a branquitude

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Parem de se apropriar dos nossos corpos

Eles se acostumaram com um histórico de séculos de apropriação da nossa cultura, do nosso estilo, da nossa música e gingado, dos nossos corpos, das nossas vidas, aprisionando o nosso povo desde os nossos ancestrais. Tanto eles se acostumaram com a facilidade com que fazem isso que hoje, em pleno 2022, um “branco antirracista” que adora negros, tem até um amigo que é, resolveu pegar uma foto de uma criança negra na internet e tatuar. Tatuar.

Ninguém se preocupou em contactar o fotógrafo realizador da imagem, nem nada. Tá na internet, é tudo nosso, né?

De repente, uma mãe se depara com um viral: a foto bonita do filho dela na pele de alguém. Ela deveria ficar grata, né? É o que todo preto deve fazer sempre: agradecer “pelas oportunidades” dadas pelos brancos.

Mas acontece que 2022, queridos. A gente descobriu que não tem que agradecer porcaria nenhuma. Que a gente não tem, sequer, que aceitar o que não concordamos. Que não precisamos nos maquiar para caber nos critérios deles. Que não precisamos nos dobrar em três pra caber nas caixas que eles nos destinam. Acabou!

Então que essa mãe se revoltou, foi pras redes, foi em busca dos direitos dela que são muito mais fundamentados do que um “ai, gostei da foto, resolvi tatuar”.

A branquitude tem que aprender: vocês não vão se apropriar de mais nada nosso. Nem do nosso passado, nem do nosso presente, nem do nosso futuro e, menos ainda, dos nossos corpos.

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