O piloto não sumiu, nunca teve piloto

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Bolsonaro não foi mais ao trabalho.

Recebeu o aviso prévio, no RH, até 1 de janeiro.

TÁ RECEBENDO SALÁRIO. Benefícios. Ticket alimentação, ticket refeição, vale-transporte, auxílio aluguel, auxílio prestobarba, auxílio CAGÃO. 

Tudo.

Recebendo em dia.
Mas não vai trabalhar. Largou de barriga. 

O “patriota” soltou o Brasil igual um navio na Baía de Guanabara, solto à caralha, pra bater na Ponte Rio-Niterói e FODACE se aquela porra cair.

Largou o país à deriva. Que se lasque mercado financeiro, indústria, saúde, educação, tudo que se foda, porque o reizinho tá tisti.

O país não tem agenda, ELE tem.

Vocação pra reizinho.

Na França, passam a faca na garganta de rei, de tirano. 


Só que se você pensar bem nesse bagulho comigo, o piloto não sumiu. Nós não tivemos piloto, por 4 anos. El Vagabundo nunca governou. Mentiu, desviou, corrompeu, protegeu filho safado, deixou morrer, promoveu a morte, tacou o zaralho. 

Botou Ciro Nogueira, Casa Civil, pra fazer a transição com Alckmin, e não fez isso porque é civilizado. Tá na lei. Ele que não faça, que o mundo cai em cima dele. Junta Rússia e Ucrânia pra meter a porrada no Bolsonaro.

Já se ligou nisso?

Rússia e Ucrânia se juntaria pra deitar Bolsonaro no pau.

Daí somos governados pela loira da banheira. Alguma entidade tá governando, digo, governando não, ABRINDO OS PRÉDIO do governo.

Pensa.

Todo dia vai faxineira, tia do café, os menino que fica levando papel pra imprimir, carta, ajeita a mesa, acende a luz, limpa a sala, bota o café na xícara, fica todo mundo em pé no corredor esperando. 

SABEM que não vai vir mais ninguém.

Nesse caso, o presida. Mas eles são obrigados a trabalhar.

Deixam o Planalto pronto pro presida chegar, o vagabundo não chega.
Dá 9, 10, 11 horas, meio dia, 4 da tarde, 6 da tarde, eles cata tudo, limpa de novo o que já tava limpo, apaga a luz, fecha, guarda as chave, saem. Pegam o ônibus, vão pra casa. Nada aconteceu. 

Amanhã, de novo.

Tá assim.

Do outro lado do mundo, COP 27 lotada com Lula sendo ovacionado com as pessoas gritando: “O Brasil voltou”.

Que fim de festa de merda.

E que começo de festa maravilhoso. 

Escritor e ativista social, nascido em Madureira, Rio de Janeiro. Em 2016 lançou Rio em Shamas, indicado ao Jabuti de 2017, pela Editora Objetiva. Foi roteirista na Rede Globo e Multishow/A Fábrica, colunista da Folha de São Paulo e Metrópoles.

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a última com você na cama.

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