O que é gaslighting?

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Falar de gaslighting é tratar de manipulação e poder. 

Mas o que é o gaslighting? Entre diversas estratégias, é quando o agressor usa as palavras da vítima contra ela mesma, distorcendo tudo que é dito, fazendo com que ela duvide de si e da sua leitura da realidade. 

O abusador pode ser qualquer pessoa – pais, amigos, casais, homem, mulher –, a qual entra em uma disputa de narrativa com a vítima, com o intuito de a deixar confusa sobre tudo que está acontecendo. Com a confusão e a desorientação, vem o controle. 

Um exemplo é quando uma mulher tem uma opinião incompatível com a do agressor, fazendo assim com que ele passe uma outra realidade da situação, tornando essa versão popular entre todos que conhecem a vítima. A ideia, assim, não é só desacreditá-la consigo, mas com todos que a conhecem. Ser taxada como “louca” é o mais comum nesses casos.

E não só com mulheres, mas pais também podem atuar assim com os filhos. Como quando uma criança cai no chão e os pais brigam, falando que aquilo sempre acontece, que “bem feito”, que é “para aprender”. Todas essas ações podem levar à insegurança, medo e dúvidas sobre a própria capacidade e sobre suas certezas. Portanto, veja que o gaslighting é sobre poder, pois a manipulação leva em conta o poder de falar de quem promove esse tipo de violência. 

Como resultado, quem sofre com esse tipo de violência psicológica tem o costume de sempre se justificar para os outros, não se achar suficiente, duvidar das suas próprias ações e de suas capacidades, ter medo de chegar a conclusões sem opinião alheia, e sentir a necessidade de pedir desculpas por tudo o que faz e não está de acordo com os outros.

Ficar atento aos sinais e tentar sair desse padrão de relacionamento é fundamental. Violência psicológica é crime, denuncie.

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Esse conteúdo foi produzido pela equipe PsicoCT, formada por Beatriz Bortolotto, Jonathan Cruz e Lucas Gama, com orientação e supervisão de Claudio Brites.

Lucas Gama tem 28 anos, é casado, pai, cristão e aluno de Psicologia. Se considera um aprendiz da vida. Jonathan Cruz cursa o último ano da graduação de psicologia em São Paulo. Atualmente atua na CT como estagiário, gosta de aprender coisas novas e de conhecer lugares que permitam contato com a natureza. Beatriz Bortolotto, 21 anos, é estudante de Psicologia no último semestre, trabalha como Assistente Terapeuta em uma clínica de intervenção comportamental, aprendo mais a cada dia sobre a vida e seus desafios.

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