Portugal tem um novo parlamento

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Uma instabilidade política surgiu no país no fim do ano passado, quando o governo, através da representação do primeiro ministro António Costa, não conseguiu aprovação do orçamento para 2022 no parlamento. O governo, naquele momento, era o PS (Partido Socialista) de centro direita, que tinha apoio, até então, dos demais partidos de esquerda. Acontece que esses partidos entraram em discordância e trouxeram o que foi considerada uma derrota para o PS ao não aprovarem o orçamento de 2022.

Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente, dissolveu o parlamento e chamou eleições adiantadas. As sondagens das últimas semanas, foram mudando e apontando uma possível derrota do PS para o PSD (Partido Social Democrata) de centro direita. Mas as sondagens erraram feio.

As eleições aconteceram ontem e o resultado é uma vitória grandiosa do PS com número maior número de assentos no parlamento que em 2019. Agora, o partido tem maioria absoluta. Fez 41,68% dos votos e tem 117 deputados eleitos, 11 a mais que nas eleições de 2019 de uma casa que é composta por 230 parlamentares, no total.

Seu principal adversário, portanto o PSD, teve perda de cadeiras de 79 para 71 assentos e, com 27,80% dos votos, sai derrotado.

O bloco de esquerda e O PCP (Partido Comunista Português), considerados vilões da não-aprovação do orçamento proposto no ano passado, tiveram uma derrota alarmante, caindo de terceira e quarta forças políticas no país, para quinta e sexta, respectivamente. Perderam exatamente para dois partidos de direita: o extremista, Chega, que tinha um assento no parlamento, passa a ter agora 12. E a Iniciativa Liberal salta de um para 8. Isso demonstra que, apesar da maioria absoluta e de possível coligação com os demais partidos de esquerda, o governo terá uma oposição muito forte nos próximos quatro anos.

Houve ainda a perda de representação dos Verdes (partido de forte ideologia ambiental) e do CDS (outro partido de extrema direita).

Essa é a sexta vez desde 1976, primeiras eleições democráticas após o fim da ditadura salazarista, que um partido tem maioria absoluta na assembleia da república.

Com esses resultados, deve haver uma dança de cadeiras interna nos partidos derrotados, que vamos acompanhar pelos próximos dias.

Fica também a dúvida sobre o orçamento que será apresentado agora, já que durante a campanha, António Costa, disse que não mudaria o orçamento caso vencesse. E com maioria absoluta, ele tem outro panorama e pode conseguir aprovar exatamente o orçamento que gerou toda essa crise política em Portugal.

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