Educação sim, Bolsonaro não!

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No ano passado, ainda no auge da pandemia e por domínio da negligência de Bolsonaro na compra das vacinas, a oposição de seu governo tomou conta das ruas reivindicando o básico: comida, auxílio emergencial e, principalmente, vacinas contra a Covid-19. Essas que, de acordo com a CPI da Covid, foram negadas por mais de 81 vezes, também, onde o país sofreu com o aumento da inflação que nos assola até os dias atuais e com a diminuição do poder de compra, o que estagnou o país no mapa da fome.

O Tribunal Superior Federal (TSF) informou que nestas eleições teremos um público mais diverso, composto pela participação de jovens, representando mais de 2 milhões de pessoas, o aumento em 35% de pessoas com deficiência e o aumento de 374% do uso de nome social para pessoas transgênero. 

No mês de junho, o Ministério da Economia anunciou um corte de 1,6 bilhões na verba discricionária da educação; no mês de julho houve um novo corte orçamentário, que corresponde a cerca de 6,73 bilhões de universidades e institutos federais para o ano de 2023. Verbas essas que são destinadas ao custeio de água, luz, limpeza, segurança, e além disso inviabilizam as pesquisas, e as políticas de permanência como bolsas e auxílios estudantis. Diversas universidades e institutos federais já declararam que não haverá possibilidade de continuidade mediante tal cenário, ainda neste segundo período letivo.

No Brasil de Bolsonaro, nós tivemos o nome de cinco ministros somente no Ministério da Educação, em que seu último dirigente Milton Ribeiro (2020-2022) com acesso a uma verba de R$ 159 bilhões, desviava dinheiro da educação para favorecer sua corja. Propina, tráfico de influência, gabinete paralelo, mamata para as igrejas, e sabe-se lá mais o que. Com a saída de Ribeiro, temos ao todo a troca de 28 ministros em menos de quatro anos de governo. O atual ministro Victor Godoy segue a mesma linha operante de seu comandante.

No dia 11 de agosto, data marcada pelo Dia Nacional dos Estudantes, a oposição de Bolsonaro se levanta novamente para ir às ruas e frear o cenário catastrófico que assombra o país desde sua eleição. A juventude estudantil foi capaz de engolir o programa “Future-se”, com o “Tsunami da Educação”, em 2019.

Em defesa da universidade pública e gratuita, contra os cortes de verba da educação, pela universalização do ensino superior, contra a Reforma do Ensino Médio e também de todos os retrocessos que tivemos nos últimos anos com ascensão de governos e políticas neoliberalizantes. Junte-se à luta e engaje no Ato Nacional do dia 11 de agosto. A nossa resposta virá nas ruas e nas urnas. 

Lutar pela educação pública é uma tarefa árdua, principalmente em tempos sombrios. Portanto, não daremos nenhum passo atrás.

Foto: Reprodução/Franklin Freitas.

Uma travesti não-binária, preta, bissexual, ativista e estudante carioca. Escrevo pra libertar o grito entalado na garganta e pra curar feridas que não são somente minhas.

somos a primeira voz
que você ouve pela manhã.
a última com você na cama.

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