Bolsonaro na ONU

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Desde jovem, eu via no jornal esse pessoal discursando na ONU.

Já vi Fidel, Margaret Tatcher, Obama, Lula, Chavéz. 

Tinha sempre uma coisa nesses encontros da ONU: era pau no lombo dos Estados Unidos. Países da América Latina sempre peitaram os americano. África, pontualmente, mas a América Latina era um ódio de dar gosto. A África batia mais na Europa. 

Então os discursos progressistas eram dos países mais pobres. E os Estados Unidos passando recibo de conservador, reacionário, perseguidor, fora da realidade. 

Eu vivi, 

sem sacanagem,

eu vivi pra ver o discurso dos Estados Unidos parecer mais progressista que o brasileiro, pela primeira vez na História. 

Um discurso de merda, de 9 minutos, conseguiu ser pior que Nixon arrotando refluxo no microfone.

Escritor e ativista social, nascido em Madureira, Rio de Janeiro. Em 2016 lançou Rio em Shamas, indicado ao Jabuti de 2017, pela Editora Objetiva. Foi roteirista na Rede Globo e Multishow/A Fábrica, colunista da Folha de São Paulo e Metrópoles.

somos a primeira voz
que você ouve pela manhã.
a última com você na cama.

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