Apesar de você

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Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.

Apesar de tudo que fizeram, sobretudo o que NÃO fizeram.

Apesar dos erros, apesar das mentiras, das facadas nas costas.

Apesar de você. 

Que usa o outro de escada, que usa a democracia como refém.

Que usa o discurso como roupa. Que usa pessoas como OB. 

Ontem, o Brasil foi feliz de novo, por alguns minutos. De um lado Casimiro com o record de transmissão de uma live no Youtube, cravando a mudança na forma de transmitir jogos. Somos, pessoas, nossas próprias emissoras. Com nossos próprios CNPJs, mil impostos, mil funções. Mas a TV já não dá mais conta.

Foi mais que um gol.
Foi um recado. Uma mensagem. Gol-mensagem.

Gol que serviu de moral da história.

E assim, seguimos.

Essa minha coluna é um editorial invisível.

A edição 100, é a última desse ano.
Ainda publicamos a edição de dezembro, mas Noticias do Dia, só em janeiro.
Até lá, repenso a Coluna, o ano, minha vida.
O que sobrou dela. Da Coluna. Da minha vida.

Apesar de.

Tá todo mundo pago, entretanto.
Seguiremos.
Beijos em todos.

Escritor e ativista social, nascido em Madureira, Rio de Janeiro. Em 2016 lançou Rio em Shamas, indicado ao Jabuti de 2017, pela Editora Objetiva. Foi roteirista na Rede Globo e Multishow/A Fábrica, colunista da Folha de São Paulo e Metrópoles.

somos a primeira voz
que você ouve pela manhã.
a última com você na cama.

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