Dia de muitos problemas no transporte público

Em assembleia realizada na segunda-feira (28), motoristas e funcionários do Rio de Janeiro decidiram decretar greve para esta terça-feira, 29 de março de 2022. Os funcionários responsáveis pela paralisação do BRT alegam estar sem reajuste salarial há três anos.

As viações afirmam que nesse mesmo período em que não houve reajuste salarial dos trabalhadores, também não houve reajuste tarifário e que, além disso, a prefeitura não combate devidamente os transportes clandestinos. Dessa forma, causando dano econômico aos serviços.

O Sindicato dos Rodoviários tentou uma conciliação junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na última segunda-feira, mas até o momento as empresas de ônibus não apresentaram uma proposta e solicitaram a suspensão da greve.

Após a greve ter sido considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho, que pode ocasionar em uma multa de R$200 mil por dia caso haja descumprimento, a greve foi suspensa por volta das 9h. No entanto, segundo o Rio Ônibus, os ônibus estavam circulando com 60% mesmo a garagem contendo diversos coletivos.

No mesmo dia em que acontece a greve, os trens da Supervia aumentam o tempo de intervalo nas operações no ramal Belford Roxo e Japeri. A empresa informou que no ramal de Belford Roxo o aumento do intervalo foi ocasionado pelos furtos de cabos. Sendo assim, o período de espera passa a ser de 59 minutos.

Já no ramal de Japeri, a necessidade do aumento de intervalo foi ocasionado por uma ocorrência no sistema de sinalização. A Supervia também informou que haverá manutenção da rede aérea entre as estações de Duque de Caxias e Gramacho.

Como se já não bastasse todos os problemas com a frota de ônibus operando de forma reduzida e o aumento dos intervalos nas estações de trens, as vans, que seriam outra opção do trabalhador, estão aproveitando o momento de caos do transporte público para lucrarem ainda mais. Passageiros afirmaram que algumas vans estão chegando a cobrar até R$25, valor muito superior em relação à tarifa que é cobrada normalmente.  

O que se sabe é que só quem perde é o trabalhador: seja o que usa os transportes todos os dias ou o que trabalha para as empresas. Essas, aliás, seguem sempre lucrando sem se preocupar com a população.

Em breve, trazemos também informações sobre a greve dos garis e dos entregadores de aplicativos.