Esperançar

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Eu acho que dá pra declarar voto em Lula, embora ainda prefira Leonardo Péricles.

Mas por um motivo que parece ser importante, no momento.
Eu sigo o que Marina Silva sinaliza, desde 2018, quando trabalhei com ela na campanha presidencial, e precisei sair do Brasil por conta das ameaças que sofri.

Muitos não sabem, mas ela quem me ajudou diretamente a sair.

Marina também orou no meu casamento, pelo telefone, no Cartório do Méier. Juntos, vivemos um período marcante, e aprendi muito com ela.

Vi ela dizer, numa reunião, que não tinha nenhum problema com o presidente Lula. Mas queria que ele voltasse ao primeiro amor, ele, e toda a esquerda.

Eu nunca ouvi da boca de Marina qualquer fala de desafeto, ódio, rancor e ressentimento com relação a Lula.

Ver os dois ontem e hoje, juntos, para a imprensa, no âmbito das campanhas que os dois empreendem, me deu dois sentimentos.

Primeiro, ainda temos a esperança de sermos um só país. De questões extremas nos unir, ao ponto de negociarmos as divergências.

Segundo, são, eles dois, egressos do povo. E não há nada mais potente que um abraço entre dois que vieram do chão, da terra, da base, da margem. Não tem ingênuo ali, e ao mesmo tempo teve o abraço, o sorriso, e eu vi que Marina quer ir nesse caminho aí.

Eu vou votar pela esperança de termos Douglas Belchior e Marina, entre outros, influenciando definitivamente a sociedade brasileira. Num governo, que parece ser a ideia de Lula, de lhes dar espaço.

Estou com Marina, estou com a Coalizão Negra por Direitos.
Estou sozinho aqui, mas não na utopia.

Por Marina, quem amo, por todos os nossos, vamos de 13.

Escritor e ativista social, nascido em Madureira, Rio de Janeiro. Em 2016 lançou Rio em Shamas, indicado ao Jabuti de 2017, pela Editora Objetiva. Foi roteirista na Rede Globo e Multishow/A Fábrica, colunista da Folha de São Paulo e Metrópoles.

somos a primeira voz
que você ouve pela manhã.
a última com você na cama.

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