Hoje eu me vejo e me amo

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Durante toda a minha infância, eu sentia que não era pertencente a espaço nenhum: não era a mais bonita, não era mais popular, não era mais inteligente. Era apenas eu. E eu odiava esse fato. Nenhuma estética durante a minha infância me fez representada ou me fez me sentir linda.

Hannah Montana, Selena Gomez, Demi Lovato, High School Musical, Justin Bieber. O que eu e eles temos em comum? NADA! Nem a nacionalidade. E mesmo assim, eles eram minha referências e eu quis, por muito tempo, ser eles até na maneira de me vestir, cantar, dançar e, claro, até mesmo ser branca…

O tempo foi passando e a “estética de beleza” que me era apresentada, era uma violência através da “hipersexualização“. “Gostosa” “Manda foto” “Que corpão”. Logo, fiquei cansada.

Hoje, eu entendo o quanto a ausência de representatividade detonou a maneira como eu me via e agia. Até conhecer a estética negra que fez com que eu pudesse escutar, ver e ler algo que fizesse sentido nessa jornada de eu me sentir bem, bela,
& renovada, levou muito tempo. A importância de se ver está acompanhada do ato de se amar.

Estudante carioca e amante da comunicação como instrumento para rupturas sociais. Comunico o que eu sinto e amo ou odeio. Personifico textos, fotos e vídeos. Aprendendo sobre viver nesse caos.

somos a primeira voz
que você ouve pela manhã.
a última com você na cama.

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