Gabriel Monteio: a política como palanque

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Desde o dia cinco de abril deste ano, Gabriel Monteiro (PL) vem sendo investigado por conta de denúncias de funcionários e ex-funcionários do gabinete do vereador, que o acusam de assédio moral, sexual e estupro.

Nesta terça-feira, o vereador Chico Alencar (PSOL) apresentou o relatório em que pede a cassação do parlamentar Gabriel Monteiro. Alencar, que é o relator do  processo que investiga Monteiro no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio, afirma que os atos do vereador não são compatíveis com o decoro parlamentar. 

Vale lembrar que o ex-PM foi alvo de uma operação da Polícia Civil do RJ após o vazamento de um vídeo em que Gabriel aparece fazendo sexo com uma menor de idade. O parlamentar, que já consta como candidato a deputado federal, pode ter o seu mandato cassado. Isso seria o mínimo tendo em vista todas as acusações.

Ao todo, 12 testemunhas foram ouvidas pelo Conselho de Ética, sendo 8 indicadas pelo próprio Gabriel Monteiro. Isso certamente prejudica a sua imagem como Youtuber, pois assessores do parlamentar afirmam que o faturamento gira em torno de R $300 mil. No entanto, Monteiro afirma ser de R $150 mil.

Independente do valor do faturamento, Gabriel Monteiro utiliza seu cargo público para servir de palco para fins próprios, não há interesse político. Basta lembrar (ou dar uma pesquisada) dos vídeos em que ele aparecia ajudando famílias  em situação de vulnerabilidade, mas, posteriormente, foi constatado que era fake news. 

Também há as falsas fiscalizações em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), em que Gabriel entrava armado, mesmo após a proibição da Justiça Federal. Mesmo após uma série de acusações, crimes e investigações o ex-PM ainda irá concorrer ao cargo de deputado federal.  

Nossa política é uma piada.    

Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro